O Botox pode ajudar a melhorar a dor de cabeça?

Muitos me perguntam se o Botox ajuda realmente na melhora da dor de cabeça crônica.

Bem, a síndrome da dor miofacial é definida como disfunção neuromuscular regional que apresenta como característica a presença de regiões sensíveis em bandas musculares e quando em contratura causam dor. A dor miofacial, (dor de cabeça) pode se originar em um único músculo ou pode envolver vários músculos.

Esses pontos dolorosos são conhecidos como pontos de gatilho que quando pressionados podem causar dor no local ou que irradia para outros locais, frequentemente presentes nos músculos da mastigação e na região cervical. A dor miofacial presente por tempo prolongado seria responsável pelo desencadeamento de dores de cabeça, provocando cefaléia tipo tensional. A dor nesse tipo de cefaléia é geralmente descrita como peso ou pressão atingindo parte ou toda a cabeça e algumas vezes também a nuca.

Mas e o Botox, realmente ajuda a melhorar a dor de cabeça?

O Efeito da toxina botulínica na terapêutica da cefaléia tipo tensional, é proveniente da fermentação realizada pela bactéria Gram positiva Clostridium Botulinium. Tal toxina tem alta afinidade por sinapses colinérgicas e age bloqueando a liberação de acetilcolina enfraquecendo a musculatura, em especial a musculatura dolorosa, interrompendo o ciclo espasmo-dor.

Em 1989 houve o primeiro tratamento utilizando toxina botulínica tipo A para espasticidade sendo a partir daí utilizada em desordens neurológicas envolvendo excessiva contratura muscular.

Apesar de a literatura defender a aplicação de toxina botulínica como “tratamento” de cefaléia, pela ação desta que é o bloqueio da acetilcolina e portanto a inativação do músculo que a recebeu, ficou claro que no artigo citado  que a toxina botulínica não trata efetivamente cefaléia, (mas ajuda bastante), fato observado que todas as pacientes que durante o período de avaliação voltaram a apresentar cefaléia, isto no período que variou de quatro a seis meses.

Foi feito, neste trabalho, analise da ação da referida toxina, que é impedir o músculo de contrair, ou seja, de exercer suas funções; fato este que deixa a cargo dos outros músculos da mastigação a carga funcional que seria também do músculo inativado, visto que, no período de avaliação, constatou que pelo efeito da inativação dos músculos temporais, ocorreu o surgimento de hiperatividade e dor em outro(s) músculo(s) da mastigação.

E então, o que os resultados apontaram?

Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que a toxina botulínica:

  • Não constituiu um medicamento que efetivamente trata cefaléia, apenas controla por tempo determinado;
  •  Provocou efeitos colaterais, como hiperatividade e dor muscular, devido a sobrecarga imposta.

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