O Bruxismo, a Disfunção e a Toxina Botulínica

Se você sofre de bruxismo, provavelmente já escutou alguém falando que o Botox (Toxina Botulínica) pode ajudar você.

Mas o que é bruxismo?

Bom, a disfunção temporomandibular (DTM) é um termo utilizado para reunir um grupo de doenças que acometem os músculos mastigatórios e estruturas adjacentes.

Um desequilíbrio entre a ATM, a articulação e a oclusão, juntamente com a ação desequilibrada dos músculos mastigatórios, levam a esta disfunção miofascial. Pacientes com DTM podem apresentar, como principal sintoma, dor miofascial associada com função mandibular alterada. A dor normalmente localiza-se na área pré-auricular, irradiando-se para a região temporal, frontal ou occipital. Pode apresentar-se como cefaléia, otalgia, zumbido nos ouvidos ou mesmo dor de dente.

E o Botox pode ajudar no bruxismo?

Os estudos sobre a utilização da toxina botulínica como método terapêutico começaram a ser realizados em 1973. Estes trabalhos mostravam que a droga agia efetivamente nos músculos extra-oculares de macacos, corrigindo o estrabismo. Mais tarde, em 1980 iniciou os estudos em humanos. A partir de então, o interesse pela toxina botulínica cresceu e sua aplicação como método terapêutico foi ampliada.

Como já mencionado, a toxina botulínica tem sido indicada como método terapêutico para pacientes com a síndrome DTM. Dores de origem muscular que repercutem na ATM estão sendo tratadas com injeção de toxina botulínica nos músculos mastigatórios, promovendo a melhora da dor. Pacientes que sofrem de deslocamento recorrente da ATM, bruxismo, e distonia oromandibular,  também podem ser tratados com injeções de toxina botulínica tipo A nos músculos correspondentes.

A terapêutica com toxina botulínica é contra-indicada para pacientes que sofrem de doenças neuromusculares, como: miastenia gravis, distúrbio de transmissão neuromuscular associado com fraqueza e fadiga anormais ao exercício; síndrome de Lambert Eaton, doença autoimune adquirida, muitas vezes associada ao adenocarcinoma de pulmão.

O efeito local da toxina botulínica injetada no músculo é o bloqueio da inervação da musculatura esquelética. Isto irá enfraquecer o músculo alvo, diminuindo a contratilidade e os movimentos. Os efeitos da toxina botulínica no organismo estão relacionados com a freqüência e quantidade da dose.

A toxina botulínica tipo A apresenta-se como uma alternativa terapêutica para pacientes portadores da síndrome dolorosa da articulação temporomandibular. Por ser um miorrelaxante potente e específico, ela irá promover o relaxamento dos músculos mastigatórios, diminuindo a dor e possibilitando uma função mandibular apropriada. Os efeitos colaterais são raros e, mesmo que existam, são transitórios, não acarretando maiores problemas aos pacientes.

Ficou alguma dúvida?
Quer falar sobre Botox, Preenchimento, Fios, Harmonização Facial? Envie uma mensagem pra gente!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *